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agrotóxico

A agricultura é considerada um dos setores produtivos mais perigosos do ponto de visto do trabalho humano.

Em função das características inerentes ao trabalho agrícola, em particular pela sinergia que ocorre entre os fatores de risco presentes, os acidentes de trabalho que ocorrem no meio rural são muito danosos à saúde dos trabalhadores.

Essas constatações justificam plenamente o esforço de pesquisa direcionado à análise dos fatores de riscos e na seleção ou projeto de equipamentos de proteção que sejam eficazes e minimamente desconfortáveis.

Apresentação

Segundo o provérbio popular, “o que os olhos não veem, o coração não sente”.

A sabedoria contida nesse provérbio mostra-se muito apropriada ao mundodo trabalho, e ainda mais ao trabalho rural. Os olhos da sociedade não costumam ver osproblemas experimentados todos os dias por muitos de seus trabalhadores. O sofrimento no trabalho é, com frequência, suportado pelas vítimas de forma quase invisível.

O uso de agrotóxicos na agricultura brasileira é intenso e, apesar disso, são escassos os estudos de base populacional sobre as características da utilização ocupacional ou sobre as intoxicações por agrotóxicos. Este estudo objetivou construir um perfil da exposição aos agrotóxicos e analisar a incidência de intoxicações por estes produtos. Usando um delineamento transversal, foram avaliadas as características da propriedade e da exposição aos pesticidas.

Este estudo procura avaliar as características do trabalho rural no município de Teresópolis, procurando encontrar associações entre variáveis que indicam o uso indevido de agrotóxicos e a intoxicação por esse tipo de produto entre aplicadores de agrotóxicos. Adicionalmente, pretende-se criar subsídios à discussão das práticas de regulação ao uso desses produtos.

Terceirização, agrotóxicos, maioridade penal, o assassinato de um médico na Lagoa Rodrigo de Freitas, o corte de recursos da saúde. São tanto os temas que palpitam na vida política nacional, que se chega a perder o fôlego ao dizê-los assim, de uma só vez. Há quem possa achá-los monótonos ou espinhosos, mas ao se recusar debatê-los, emerge, como um fantasma, uma antiga máxima, atribuída a pelo menos um par de pensadores, como devem ser os bons axiomas: aquele que, por não gostar, se recusa a debater política, acaba governado pelos que gostam.

O médico, professor e pesquisador do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador (Neast) da Universidade Federal de Mato Grosso, Wanderlei Pignati – que também é membro do Grupo Temático Saúde e Ambiente da Abrasco – participou de uma Audiência Pública realizada no Auditório da OAB, em Cuiabá no último dia 12 de junho, para debater a utilização de agrotóxicos nas lavouras de Mato Grosso. O pesquisador alerta para os altos índices de câncer infantojuvenil e má formação fetal em gestantes que residem próximo às áreas onde os produtos são pulverizados.

No dia 8 de dezembro, próxima segunda-feira, às 14 horas, o GEPEC/RJ e o Telessaúde/UERJ trazem Alan Tygel, representante da Abrasco no Congresso da Associação Latino-americana de Medicina Social (Alames), realizado nos dias 22 a 26 de novembro em El Salvador.  Alan Tygel participa da Campanha Contra os Agrotóxicos e pela Vida no Brasil e falará sobre Dossiê Latinoamericano sobre Agrotóxico.

Como assistir o Seminário Interativo - Telessaude

Na tarde desta quarta-feira, 25, a Prefeitura de Arapiraca, por intermédio da Secretaria de Saúde, promoveu um evento sobre o uso dos defensivos agrícolas para produtores rurais do Capim e adjacências.

As atividades na Unidade Básica de Saúde João da Silva foram coordenadas pela equipe dado PET-Saúde e contou com o apoio do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).

Entre 1992 e 2002, apenas no Estado do Mato Grosso do Sul, o Centro Integrado de Vigilância Toxicológica registrou 1.355 notificações de intoxicações. Nesse conjunto ocorreram 506 tentativas de suícidio e 139 óbitos. A causa das mortes foi a ingestão voluntária de agrotóxicos.