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CESTEH

Centro de Estudos do Trabalho e Ecologia Humana

Terceirização, agrotóxicos, maioridade penal, o assassinato de um médico na Lagoa Rodrigo de Freitas, o corte de recursos da saúde. São tanto os temas que palpitam na vida política nacional, que se chega a perder o fôlego ao dizê-los assim, de uma só vez. Há quem possa achá-los monótonos ou espinhosos, mas ao se recusar debatê-los, emerge, como um fantasma, uma antiga máxima, atribuída a pelo menos um par de pensadores, como devem ser os bons axiomas: aquele que, por não gostar, se recusa a debater política, acaba governado pelos que gostam.

Em 8 de novembro de 2018 o Conselho Nacional de Saúde encaminhou ao Ministério da Saúde a proposta de reorganização da Atenção Integral à Saúde dos trabalhadores no SUS. A proposta busca desenvolver um novo modelo de organização dos CERESTs, entre outros, com vistas à correção o das assimetrias existentes entre as diversas regiões e em atendimento às realidades locais, visando assegurar cobertura de 100% das regiões de saúde do país, ajustando critérios para definição de áreas de abrangência alinhadas à regionalização prevista nos planos diretores de regionalização dos Estados.

Este protocolo foi elaborado pela equipe técnica do Cerest de Betim em conformidade com as orientações da Diretoria Operacional de Saúde para que a Saúde do Trabalhador fizesse parte do processo de organização da Atenção Primária à Saúde em curso no município.

Observar o mundo do trabalho pelos olhos dos trabalhadores e por situações concretas não ocorre de maneira espontânea. Segundo a pesquisadora do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP (Cesteh), Simone Oliveira, essa perspectiva deve ser construída a partir da superação dos obstáculos arraigados no senso comum. "Para tanto, aposta-se na formação como transformação, afirmando o protagonismo dos trabalhadores”, disse ela, durante o seminário Trabalho, formação e transformação, que reuniu diversos atores da área para tratar questões da temática saúde e trabalho.

"A questão do agrotóxico é complexa: não pela substância em si, mas sim por ser esse produto um componente relacionado à lógica internacional do capitalismo", esclareceu o pesquisador do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) Ary Miranda. A apresentação do pesquisador fez parte do seminário de encerramento, ocorrido em 19/12, das atividades de ensino e pesquisa do Cesteh neste ano.

A sessão científica Silicose: passado, presente e futuro realizada no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP), no dia 26/2, alertou sobre as causas de uma das mais graves doenças pulmonares ocasionada pela inalação de poeiras minerais contendo partículas de sílica livre. Apresentada pela pneumologista do Ambulatório de Pneumopatias Ocupacionais do Cesteh, Patrícia Canto Ribeiro, a palestra contou, ainda, com a presença do também pneumologista e diretor da ENSP, Hermano Castro.

No dia 10 de dezembro, o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) vai realizar o último encontro de uma série de seminários realizados em 2014. A sessão, que acontecerá às 12 horas na sala 32, abordará a Qualidade de Vida e Saúde Mental no Trabalho e contará com a presença do pesquisador da unidade Tito de Canha.

A atividade é aberta a todos os interessados. Para participar não é necessária inscrição prévia.

 

Na entrevista concedida ao Informe ENSP por Marcelo Firpo, pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (Cesteh/ENSP), e Renan Finamore, doutorando da ENSP e pesquisador do projeto Environmental Justice Organisations, Liabilities and Trade (EJOLT), eles explicaram como acontece a contaminação por urânio e os riscos da mineração do urânio para os trabalhadores e a população que reside no entorno das mineradoras, inclusive dos casos suspeitos de câncer.