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agrotóxico

A OPAS desenvolveu, em 1997, um Manual de Vigilância da Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos, em anexo. Esse documento contém informações detalhadas sobre cada agente e suas manifestações clínicas, disponíveis no manual, e orientações gerais, que extraímos a seguir:

Os agrotóxicos podem determinar três tipos de intoxicação: aguda, subaguda e crônica. Na intoxicação aguda os sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva, por curto período, a produtos extrema ou altamente tóxicos.

Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma cartilha com orientações para trabalhadores rurais que trabalham com agrotóxicos. O objetivo é que eles saibam como evitar intoxicações.

De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmcaológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2009, foram registradas 188 mortes por agrotóxicos e 11.641 casos de intoxicação. O agrotóxico de uso no campo é a segunda causa de intoxicação no país, ficando atrás apenas dos medicamentos, que somaram 26.540 registros no mesmo ano.

O uso intensivo de agrotóxicos no Brasil tem sido pauta de eventos na ENSP e na Fiocruz. Com a proximidade da Rio+20, o tema ganha novo fôlego. Em seminário realizado na ENSP nos dias 4 e 5 de junho, representantes de várias instituições discutiram o enfrentamento dos impactos dos agrotóxicos na saúde humana e no ambiente como forma de comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6).

Em 3 de maio de 2013, a partir das 9 horas da manhã, uma aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola Ltda., sobrevoou a Escola Municipal Rural São José do Pontal, localizada na área rural do município de Rio Verde/GO, "pulverizando", com o veneno Engeo Pleno da Syngenta, aproximadamente 100 pessoas, entre elas crianças, adolescentes e adultos, que estava na área externa do prédio em horário de recreio. Algumas crianças e adolescentes, "encantados" com a proximidade que passava o avião, receberam elevadas "doses" de agrotóxico.

O uso e os reflexos de agrotóxicos nos alimentos serão discutidos no Recife no Fórum Pernambucano de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador, no Meio-ambiente e na Sociedade, nesta terça-feira (11). O encontro será na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a partir das 8h30. Debates e denúncias sobre venda de produtos com agrotóxicos em feiras orgânicas e programação de conferências regionais fazem parte da programação. A discussão conta com a participação de representantes de 20 organizações ligadas à agricultura.

Nos dias 2, 3 e 4 de setembro de 2014 a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST), realizou em Brasília, o "III Seminário Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos" . O evento tinha como objetivo a promoção do debate das estratégias para implantação, continuidade, aprimoramento, monitoramento e avaliação da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos nas esferas de gestão do SUS.

A agricultura é considerada um dos setores produtivos mais perigosos do ponto de visto do trabalho humano.

Em função das características inerentes ao trabalho agrícola, em particular pela sinergia que ocorre entre os fatores de risco presentes, os acidentes de trabalho que ocorrem no meio rural são muito danosos à saúde dos trabalhadores.

Essas constatações justificam plenamente o esforço de pesquisa direcionado à análise dos fatores de riscos e na seleção ou projeto de equipamentos de proteção que sejam eficazes e minimamente desconfortáveis.

Eventos acontecerão em universidades federais e durante a 14ª Jornada de Agroecologia. Atividades contarão com a presença de autores e ativistas

Informação científica clara, conhecimento transdisciplinar e em diálogo com os movimentos sociais e com as comunidades fazem do Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde uma ferramenta fundamental para o debate a respeito do modelo de agricultura e de sociedade que vivemos.

Toneladas de agrotóxico que tiveram a venda proibida há anos permanecem estocadas nas propriedades rurais. Em São Paulo, uma campanha quer recolher todo esse produto.

Na propriedade em Salto de Pirapora, o agricultor Carlos Medeiros tem 180 quilos de Audrim, o agrotóxico banido na década de 80. O produto está no galpão do sítio. Quando soube que o governo irá fazer o recolhimento, ele fez um cadastro e agora espera o próximo passo. "Quanto antes o governo conseguir recolher e dar a destinação adequada, será um alívio", diz.

"A questão do agrotóxico é complexa: não pela substância em si, mas sim por ser esse produto um componente relacionado à lógica internacional do capitalismo", esclareceu o pesquisador do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) Ary Miranda. A apresentação do pesquisador fez parte do seminário de encerramento, ocorrido em 19/12, das atividades de ensino e pesquisa do Cesteh neste ano.