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Fiocruz lança cartilha e divulga relatório da pesquisa sobre impacto da pandemia para trabalhadores da saúde

A Fiocruz Mato Grosso do Sul, em conjunto com a Fiocruz Brasília, realiza estudo que objetiva avaliar o impacto do transtorno mental no trabalho e nos trabalhadores da saúde durante a pandemia de Covid-19. A pesquisa já identificou que sintomas como ansiedade, depressão e estresse estiveram presentes entre os 831 participantes, em algum momento, durante a pandemia. O estudo contemplou profissionais de enfermagem, odontologia, medicina, farmácia e fisioterapia do Mato Grosso do Sul (MS) e do Distrito Federal (DF).

A pesquisa é conduzida pela Fiocruz, em parceria com pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso do Sul (ESP-MS), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Para a pesquisadora e coordenadora da área de Educação da Fiocruz do Mato Grosso do Sul, Debora Dupas, “a pesquisa tem por objetivo reconhecer a influência da pandemia na saúde mental desses profissionais”. Segundo ela, “assim, é possível identificar e monitorar os grupos com maior probabilidade de desenvolver sofrimento mental, para que intervenções psicossociais sejam oportunizadas em tempo hábil”.

De acordo com as psicólogas Fabrícia Barros de Souza e Rosana D’Orio Bohrer, pesquisadoras da Fiocruz Brasília no projeto, com os dados obtidos, pode-se traçar o perfil dos profissionais que apresentaram sintomas de depressão, ansiedade e/ou estresse no DF. A maioria é do sexo feminino, com idade entre 31 e 43 anos, e trabalha em hospitais ou unidades de pronto atendimento, ou seja, na Rede de Atenção às Urgências. Observou-se que a maior parte dos profissionais pesquisados confiam na organização e estrutura dos serviços do SUS para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Apesar disso, o estudo também demonstrou que ainda há a necessidade de equacionar as ações de enfrentamento para que a segurança esteja mais bem estabelecida.

“Além de identificar e auxiliar no monitoramento dos impactos da pandemia na saúde mental dos profissionais da saúde, a pesquisa também mostra, de forma irrefutável, a necessidade de que a gestão do trabalho, os serviços de saúde, os conselhos de classe das categorias, os sindicatos, os próprios profissionais e seus familiares estejam atentos em relação à saúde desses trabalhadores”, afirma a pesquisadora e diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio.

Uma das produções da pesquisa é a publicação “Cuidando-se: cartilha dos serviços psicológicos ofertados aos trabalhadores da saúde do Distrito Federal”. A cartilha será lançada nesta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, às 10h30 (horário de Brasília), em evento on-line transmitido pelo canal da Fiocruz Brasília no YouTube. A publicação se propõe a facilitar a busca dos trabalhadores da saúde por apoio psicossocial. No lançamento, haverá palestra com a psicóloga e pesquisadora da Fiocruz Débora Noal, pós-doutorada em saúde pública.

Para participar do evento on-line de lançamento da cartilha, acesse bit.ly/lancamentocartilhadf

Para acessar o relatório parcial descritivo da pesquisa sobre o impacto da pandemia para trabalhadores da saúde, clique aqui