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Centro de Estudos do Trabalho e Ecologia Humana

De 11 de novembro a 3 de janeiro de 2020, estarão abertas as inscrições para o Curso de Especialização Lato Sensu em Saúde do Trabalhador. O curso será oferecido na modalidade presencial pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, da Escola Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de oferecer capacitação para o planejamento, a organização e a avaliação das ações na Área de Saúde do Trabalhador na perspectiva de integrar teoria e prática por meio da reflexão, discussão e investigação dos problemas que envolvem a relação Saúde/Trabalho/Ambiente.

Terceirização, agrotóxicos, maioridade penal, o assassinato de um médico na Lagoa Rodrigo de Freitas, o corte de recursos da saúde. São tanto os temas que palpitam na vida política nacional, que se chega a perder o fôlego ao dizê-los assim, de uma só vez. Há quem possa achá-los monótonos ou espinhosos, mas ao se recusar debatê-los, emerge, como um fantasma, uma antiga máxima, atribuída a pelo menos um par de pensadores, como devem ser os bons axiomas: aquele que, por não gostar, se recusa a debater política, acaba governado pelos que gostam.

No passado, eles tiveram que enfrentar ameaças das empresas, espiões e, principalmente, a dor de perder amigos, colegas e parentes contaminados com amianto. Hoje, quase um ano depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de banir o uso do mineral, a luta é para um acompanhamento adequado daqueles que ainda podem adoecer, para lidar com o os rejeitos que se espalham pelo ambiente e para que a lei seja efetivamente aplicada.

O mestrado profissional em Vigilância em Saúde do Trabalhador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) promoveu, em 12 de dezembro, uma mesa-redonda com o tema Ações estruturantes de vigilância em saúde do trabalhador. Os palestrantes debateram as dificuldades e as ações desenvolvidas no âmbito da pesquisa e do serviço.

O Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) recebeu a pesquisadora titular aposentada da Fiocruz, Lia Giraldo, em aula aberta do Programa de Formação Saúde, Trabalho e Ambiente na Indústria do Petróleo. Pioneira nos estudos sobre benzeno, ela fez um histórico sobre a relação da substância com a saúde dos trabalhadores e as conquistas alcançadas em relação à exposição.

O trabalho dos bombeiros militares do município do Rio de Janeiro pode afetar a saúde deles? Pode-se correlacionar às causas de afastamento médico dos trabalhadores as atribuições específicas de cada especialidade existente na instituição? Essas questões norteiam a dissertação de Luiz Antonio de Almeida no mestrado em Saúde Pública da ENSP, sob a orientação do pesquisador Luiz Carlos Fadel de Vasconcellos e co-orientação de Renato José Bonfatti.

Brumadinho trouxe a sensação de farsa e tragédia anunciada. Todos perguntam: como pode esse absurdo acontecer novamente? Passados mais de três anos de Mariana, os fantasmas da mineração batem à porta de nossa memória abissal. Ela que forja o esquecimento da falsa paz sem voz na poltrona de domingo, como cantava Marcelo Yuka. São muitos os corpos mortos mutilados, alguns desaparecidos para sempre, tal como o Pico do Cauê que nos fala Drummond de sua Itabira. O poeta ensinava: o tempo só volta no mundo da imaginação.

Este protocolo foi elaborado pela equipe técnica do Cerest de Betim em conformidade com as orientações da Diretoria Operacional de Saúde para que a Saúde do Trabalhador fizesse parte do processo de organização da Atenção Primária à Saúde em curso no município.

Pensado como estratégia de ações para o desenvolvimento do campo da saúde do trabalhador no Brasil, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca desenvolveu o mestrado profissional em Vigilância em Saúde do Trabalhador. Este novo curso, fruto de uma demanda nacional de formação voltada a profissionais da ponta do serviço, tem 20 alunos provenientes do Norte e Centro-Oeste do país e terá início na próxima segunda-feira, 7/5.

Os trabalhadores dos postos de gasolina são uma das categorias profissionais mais expostas ao benzeno, substância presente nos combustíveis e considerada cancerígena. O risco de contaminação se dá em ações comuns no cotidiano dos frentistas, como secar a mão em uma estopa e guardá-la no bolso, encher o tanque dos carros acima do "click" (margem de segurança) ou permanecer sem máscara enquanto os reservatórios dos postos são abastecidos. O benzenismo será tema do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da ENSP (Ceensp) na próxima quarta-feira, 23 de novembro.