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Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017, anexo V - Capítulo I), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região..

Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população; podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.

O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções.

A utilização da base de dados do Sinan e o cálculo de indicadores pelas equipes estaduais, regionais e municipais, é atividade imprescindível para que os dados possam efetivamente subsidiar análises epidemiológicas e a tomada de decisão.

Esta avaliação poderá ser feita pelo acompanhamento da oportunidade do encerramento das investigações, da completitude do preenchimento das fichas de investigação, dos indicadores epidemiológicos definidos pelas áreas técnicas do Ministério da Saúde, da regularidade do envio de lotes do Sinan das Secretarias Estaduais de Saúde para o Ministério da Saúde e da disponibilização da base do Sinan por meio do TABNET.

Funcionamento - O Sinan pode ser operacionalizado no nível administrativo mais periférico, ou seja, nas unidades de saúde, seguindo a orientação de descentralização do SUS. Caso o município não disponha de computadores em suas unidades, o Sinan pode ser acessado nas secretarias municipais, regionais de Saúde e/ou Secretaria Estadual de Saúde.

A Ficha Individual de Notificação (FIN) é preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente quando da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou municipal. Este instrumento deve ser encaminhado aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância epidemiológica das Secretarias Municipais, que devem repassar semanalmente os arquivos em meio magnético para as Secretarias Estaduais de Saúde (SES). A comunicação das SES com a SVS deverá ocorrer quinzenalmente, de acordo com o cronograma definido pela SVS no início de cada ano.

Caso não ocorra nenhuma suspeita de doença, as unidades precisam preencher o formulário de notificação negativa, que tem os mesmos prazos de entrega. Esta é uma estratégia criada para demonstrar que os profissionais e o sistema de vigilância da área estão alerta para a ocorrência de tais eventos e evitar a subnotificação. Caso os municípios não alimentem o banco de dados do Sinan, por dois meses consecutivos, são suspensos os recursos do Piso de Assistência Básica - PAB, conforme Portaria N.º 1882/GM de 16/12/1997.

Além da Ficha Individual de Notificação (FIN), e da Notificação Negativa, o Sistema ainda disponibiliza a Ficha Individual de Investigação (FII), que é um roteiro de investigação, que possibilita a identificação da fonte de infecção e os mecanismos de transmissão da doença. Ainda constam a Planilha e o Boletim de acompanhamento de surtos e os Boletins de acompanhamento de Hanseníase e Tuberculose.

Acesse o Portal SINAN.

Fonte: Ministério da Saúde

 

 

CID: 
Capítulo II - Neoplasias [tumores] (C00-D48), Neoplasias malignas de localizações mal definidas, secundárias e de localizações não especificadas (C76-C80), Neoplasia maligna, sem especificação de localização (C80), Capítulo V - Transtornos mentais e comportamentais (F00-F99), Transtorno mental não especificado (F99-F99), Transtorno mental não especificado em outra parte (F99), Capítulo VIII - Doenças do ouvido e da apófise mastóide (H60-H95), Doenças do ouvido interno (H80-H83), Outros transtornos do ouvido interno (H83), Capítulo X - Doenças do aparelho respiratório (J00-J99), Doenças pulmonares devidas a agentes externos (J60-J70), Pneumoconiose não especificada (J64), Capítulo XII - Doenças da pele e do tecido subcutâneo (L00-L99), Outras afecções da pele e do tecido subcutâneo (L80-L99), Outras afecções da pele e do tecido subcutâneo não classificadas em outra parte (L98), Capítulo XX - Causas externas de morbidade e de mortalidade (V01-Y98), Fatores suplementares relacionados com as causas de morbidade e de mortalidade classificados em outra parte (Y90-Y98), Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96), Capítulo XXI - Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde (Z00-Z99), Pessoas com riscos potenciais à saúde relacionados com circunstâncias socioeconômicas e psicossociais (Z55-Z65), Exposição ocupacional a fatores de risco (Z57), Pessoas com riscos potenciais à saúde relacionados com doenças transmissíveis (Z20-Z29), Contato com e exposição a doenças transmissíveis (Z20)

Bibliografia sugerida

BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador. Guia para análise da situação de saúde do trabalhador: SUS/Bahia. Salvador, BA: DIVAST/CESAT, 2014. 92 p. il. color. ISBN 978-85-65780-06-3. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/guia-analise-situacao-saude-trabalhador. Acesso em: 7 jan. 2019.
Ceará. Secretaria da Saúde do Estado. Manual para uso do SINAN NET, análise da qualidade da base de dados e cálculos operacionais dos agravos e doenças relacionados ao trabalho [recurso eletrônico] / Secretaria da Saúde do Estado do Ceará; Clara Maria Nantua Evangelista de Farias e Gisela Maria Matos Serejo (Org.). –Fortaleza: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, 2017.