Você está aqui

Piracicaba lidera lista de internações por acidentes com choque elétrico

Abas primárias

Em 4 anos, cidade registrou 2.104 casos contra 457 da capital São Paulo.
Pesquisa aponta que homens representam quase a totalidade das vítimas.

Piracicaba (SP) lidera a lista de internações por acidentes com choque elétrico nos últimos quatro anos, no Estado de São Paulo. Foram 2.104 casos na cidade. O número supera até o da cidade de São Paulo que registrou, em quatro anos, 457 casos.

O instalador de TV Sávio Rodrigo de Sousa Lima está afastado do trabalho há quase seis meses. “Eu fui instalar um cabo de TV e sem querer encostei no fio de alta tensão. Eu fiquei grudado tomando o choque, mas graças a Deus consegui me soltar”, contou Lima.

Com a descarga elétrica, ele caiu de uma altura de sete metros. Ficou mais de um mês internado e entrou para a estatística da Secretaria Estadual de Saúde que aponta, ainda, que os homens representam quase a totalidade das vítimas.

O técnico em segurança do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Marcos Hister, afirma que no município apenas 3,8% do total são acidentes profissionais. Na maioria das vezes, os homens estão trabalhando nos pequenos reparos da casa. “Essa não é a realidade aqui em Piracicaba quando se fala de acidente de trabalho, porque quando ocorre um caso com choque elétrico, normalmente ele é fatal. Os acidentes com máquinas e equipamentos lideram o ranking da cidade”, explicou Hister.

Em uma olaria da zona rural de Piracicaba toda instalação elétrica foi feita pelo próprio dono. “Aqui não tem segredo, é tudo muito simples, não é nada complicado de se fazer”, falou Gilberto Fuzato. Mas com a simplicidade e com o desconhecimento, o risco aumenta. A olaria de Fuzato foi notificada e ele garantiu que vai tomar mais cuidado. “Eu vou fazer certinho e colocar os conduítes, como eu preciso fazer. Agora vou contratar um eletricista para arrumar tudo”, afirmou.

Estado

A cada dois dias uma pessoa morre eletrocutada no Estado de São Paulo. Também nesses casos, 94% das vítimas são homens que com medidas simples poderiam evitar a tragédia.

Assista a matéria