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Boletins alertam para a saúde do trabalhador

Já estão disponíveis para download na Biblioteca Multimídia da ENSP as três edições (7, 8 e 9) de 2012 dos boletins Fonoaudiologia na saúde do trabalhador, elaborados pelo Serviço de Audiologia Ocupacional da ENSP e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Estado do Rio de Janeiro (Cerest/Sesdec-RJ). Os materiais destacam a trajetória histórica do reconhecimento da disfonia como uma doença relacionada ao trabalho, a descrição da portaria que dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na saúde do trabalhador e o processo de trabalho em telemarketing, além do distúrbio de voz.

Disfonia – (Boletim Número 7 – Janeiro/Abril de 2012)

O boletim número 7 apresenta a trajetória histórica do reconhecimento da disfonia como doença relacionada ao trabalho. Para tanto, seu corpo editorial convidou a professora titular do Departamento de Fundamentos da Fonoaudiologia e Fisioterapia da PUC-SP, Dra. Léslie Piccolotto Ferreira, profissional que contribuiu na luta para o reconhecimento dos direitos do trabalhador que usam a voz profissionalmente.

No texto, a pesquisadora comenta os avanços no reconhecimento do agravo ao longo de 14 anos. “Percebemos que os envolvidos no processo deixaram de lado a visão de culpabilizar diretamente o trabalhador pelo seu ‘abuso e mau’ uso da voz. Atualmente, predomina o olhar para o ambiente de trabalho voltado à vigilância, tendo como apoio a rede de serviços do SUS que auxilia os trabalhadores que fazem uso da voz como principal instrumento em suas rotinas profissionais.

Portaria N° 26/2011, que dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na saúde do trabalhador (Número 8 – Maio/Agosto de 2012)

A oitava edição do boletim de fonoaudiologia resgata a parceria estabelecida em 2011 entre o serviço de Fonoaudiologia do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da SES/RJ e do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP/Fiocruz, que tem a proposta de elaborar um documento específico sobre as práticas de atuação do fonoaudiólogo na saúde do trabalhador. O texto produzido pelo grupo de trabalho pretende proporcionar aos fonoaudiólogos do Estado do Rio de Janeiro a reflexão sobre sua prática profissional no âmbito da Saúde do Trabalhador e subsidiar fonoaudiólogos de outras regiões do Brasil a agirem da mesma forma.

Processo de Trabalho em Telemarketing e Distúrbios de Voz (Número 9 – Setembro/Dezembro de 2012)

A última edição de 2012 do boletim aborda o teleatendimento como atividade do ramo de serviços, na qual uma parte considerável do trabalho é realizada por meio de diálogos e de comunicação entre cliente e trabalhador. O processo de trabalho desses teleatendentes é acompanhado de exigências de natureza cognitiva, como a deliberação, argumentação, negociação, comunicação, solução de problemas e capacidade de persuasão. “Todas essas habilidades expressas e repassadas ao cliente pela voz”, diz o informativo.

A edição ainda afirma que, em 2005, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) verificou, por meio de ações de inspeção dos Auditores Fiscais do Trabalho, a ocorrência de transtornos mentais, LER/Dort e disfonias ocupacionais que geram desgaste para os operadores, causando altas taxas de absenteísmo, adoecimento e rotatividade dos operadores de teleatendimento. A partir dessas ações, o MTE criou, por meio de seu Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, em conjunto com os Ministérios da Previdência Social, da Saúde, Público, do Trabalho e a Agência Nacional de telecomunicações (Anatel), a Recomendação Técnica DSST Nº01/20.0542, que dispõe sobre o trabalho nos serviços de teleatendimento.

Leia as três edições completas do boletim na Biblioteca Multimídia da ENSP.