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Pode a Vigilância em Saúde ser emancipatória? Um pensamento alternativo de alternativas em tempos de crise

Este artigo, na forma de ensaio, é um convite à reflexão sobre o caráter emancipatório da vigilância em/da saúde, um debate interrompido na década de 1990. Em tempos de grave crise política e institucional no Brasil e no ano da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (1ª CNVS), é estratégico renovar as discussões teóricas e epistemológicas críticas que fundamentaram a trajetória da medicina social latino-americana e da saúde coletiva nos últimos 40 anos. Para isso, baseamo-nos nos pensamentos críticos da modernidade que articulam o capitalismo, o colonialismo (ou a colonialidade) e o patriarcalismo como os três pilares da dominação, segundo o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Em um contexto de crise civilizatória, repensar a emancipação significa atualizar o significado das lutas sociais em seu relacionamento com o conhecimento e as epistemologias desprezadas pela civilização moderna e ainda presentes no Sul Global, seja nos espaços indígenas e camponeses ou nas periferias urbanas.

Vigilância em Saúde; Crise civilizatória; Modernidade; Colonialidade e epistemologias do sul

Referência bibliográfica: 

Porto, Marcelo Firpo de Souza. Pode a Vigilância em Saúde ser emancipatória? Um pensamento alternativo de alternativas em tempos de crise. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2017, v. 22, n. 10 [Acessado 22 Outubro 2019] , pp. 3149-3159. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-812320172210.16612017>. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-812320172210.16612017.