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Abas primárias

Por Ricardo Valverde

A Fiocruz divulgou, na terça-feira (5/2), um estudo que alerta para os impactos, causados à população, do desastre da mineradora Vale do Rio Doce em Brumadinho (MG). O estudo foi divulgado em um debate que contou com a presença dos pesquisadores responsáveis pelo trabalho. Entre os riscos estão a possibilidade de surtos de enfermidades, mudanças no bioma e agravamento de problemas crônicos de saúde, como hipertensão, diabetes e doenças mentais.

Brumadinho trouxe a sensação de farsa e tragédia anunciada. Todos perguntam: como pode esse absurdo acontecer novamente? Passados mais de três anos de Mariana, os fantasmas da mineração batem à porta de nossa memória abissal. Ela que forja o esquecimento da falsa paz sem voz na poltrona de domingo, como cantava Marcelo Yuka. São muitos os corpos mortos mutilados, alguns desaparecidos para sempre, tal como o Pico do Cauê que nos fala Drummond de sua Itabira. O poeta ensinava: o tempo só volta no mundo da imaginação.

Em pouco mais de três anos, o Brasil vivenciou os dois maiores desastres do mundo envolvendo barragens de mineração desde os anos 1960. O primeiro, em novembro de 2015, tendo origem na barragem de Fundão, em Mariana (MG), da mineradora Samarco, uma empresa joint-venture da companhia Vale S.A e da anglo-australiana BHP-Billiton. Foi o maior desastre em termos de quantidade de material lançado no meio ambiente e de extensão territorial (650 kms) dos danos humanos e ambientais, atingindo 31 municípios em Minas e três no Espírito Santo, impactando a Bacia do Rio Doce.

Ainda não é possível contabilizar o número de vítimas de um dos maiores desastres da história do país, desde que, na sexta-feira, 25 de janeiro, a barragem 1 da mineradora Vale destruiu a região conhecida como Vila Ferteco, zona rural do município de Brumadinho, Minas Gerais. A tragédia humana é incalculável e as perdas são irreparáveis.

Com o propósito de instalar uma sala de situação em saúde para planejar ações de apoio a todos os afetados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, e coordenar as respostas dos serviços de saúde nesse contexto emergencial, a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) articulou uma reunião, na última segunda-feira (28/1), com dirigentes, gestores e pesquisadores da Fiocruz no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Inovações sem precedentes no mundo do trabalho oferecem “inúmeras oportunidades”, mas os países devem agir para que elas não criem mais desigualdades e incertezas, segundo um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta terça-feira (22).

Foi estendido até dia 25 de janeiro o prazo para inscrições no Curso de Aperfeiçoamento em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, na modalidade presencial, a ser realizado pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) em parceria com a Prefeitura de Santa Maria/RS.

Profissionais de saúde já podem implementar nos atendimentos as primeiras recomendações das Diretrizes Brasileiras para tratamento de intoxicações. Documento completo sairá em 2019

Na publicação, o Ministério da Saúde identificou 900 agentes cancerígenos que, se evitados, podem reduzir o risco de adoecimento por câncer no ambiente laboral

Em 8 de novembro de 2018 o Conselho Nacional de Saúde encaminhou ao Ministério da Saúde a proposta de reorganização da Atenção Integral à Saúde dos trabalhadores no SUS. A proposta busca desenvolver um novo modelo de organização dos CERESTs, entre outros, com vistas à correção o das assimetrias existentes entre as diversas regiões e em atendimento às realidades locais, visando assegurar cobertura de 100% das regiões de saúde do país, ajustando critérios para definição de áreas de abrangência alinhadas à regionalização prevista nos planos diretores de regionalização dos Estados.

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