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Livro destaca os trabalhadores da área da Saúde

O livro, organizado pela professora Ada Ávila Assunção (MPS) e pelo coordenador geral de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, Jorge Huet Machado, será lançado no próximo mês de novembro, no Congresso Nacional da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em Porto Alegre.

Segundo Ada Ávila Assunção, a publicação é resultado de uma articulação entre dirigentes do SUS, técnicos e pesquisadores interessados em responder às questões sociais em torno das necessidades do trabalho em saúde. Para a professora, os trabalhadores da saúde ocupam posição de destaque na sociedade, pois assistem os indivíduos e suas comunidades. No entanto, eles mesmos constituem um grupo vulnerável, por duas questões fundamentais: a insatisfação diante do que desejariam contar para a realização de seu trabalho e a carência de medidas de proteção de sua própria saúde e de sua carreira. “As condições de trabalho citadas no livro indicam o fraco reconhecimento social quanto aos investimentos pessoais dos trabalhadores da saúde para dar conta de suas tarefas”, afirma.

Ainda de acordo com a professora, fatores como pouca ou nenhuma informação sobre os riscos a que os trabalhadores estão expostos, fragilidade dos mecanismos de assistência para os acidentados e doentes, ausência de comunicações diretas com a gestão, avaliação de desempenho exclusivamente quantitativa, entre outros assuntos, confirmam as tendências mundiais que podem atingir o sentido do trabalho.

A obra também destaca os acidentes de trabalho. “Atualmente, o setor saúde está ganhando da indústria no ranking dos acidentes de trabalho. No caso, esses acidentes são, normalmente, originários de materiais perfurocortantes”, compara a professora.

Ação do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde convocou a parceria da UFMG para organizar o trabalho em várias áreas: a Coordenação da Saúde do Trabalhador (SVS), a Política Nacional de Humanização (PNH) e o departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (SGTES).

“Por um lado, apresentamos as linhas gerais para a construção de dados e de sistemas de informações sintonizados aos investimentos visando à humanização do trabalho em saúde, e por outro, visando à proteção do trabalho e do ambiente nos estabelecimentos de saúde, e à desprecarização do emprego”, conclui Ada Ávila.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG - jornalismo@medicina.ufmg.br