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Fórum no Recife discute venda de produtos com agrotóxicos

O uso e os reflexos de agrotóxicos nos alimentos serão discutidos no Recife no Fórum Pernambucano de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador, no Meio-ambiente e na Sociedade, nesta terça-feira (11). O encontro será na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a partir das 8h30. Debates e denúncias sobre venda de produtos com agrotóxicos em feiras orgânicas e programação de conferências regionais fazem parte da programação. A discussão conta com a participação de representantes de 20 organizações ligadas à agricultura.

“É uma discussão importante de se ter no Fórum por conta das denúncias que recebemos e para esclarecer até que ponto podemos atuar, qual o papel da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro),  da Secretaria de Saúde, da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Anpevisa), para que a gente possa atuar junto aos agricultores e minimizar o problema”, aponta a pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do fórum, Idê Gurgel.

De acordo com ela, em contato do corpo humano, os agrotóxicos podem gerar intoxicações agudas e crônicas, como é o caso do consumidor que ingere diariamente alimentos com a substância. Comprometimento hepático, do sistema imunológico, dos rins e diferentes quadros de alergia podem ser desenvolvidos. “Além dos casos de câncer, que têm aumentado muito, e os agrotóxicos estão envolvidos nesse índice”, alerta a pesquisadora.

Fiscalização
Na Ceasa, no Recife, o controle se mostra efetivo com a presença da fiscalização da Adagro. Desde 2008, todos os meses uma equipe faz a coleta das principais culturas que são vendidas no mercado e encaminha a um laboratório. “São 15 a 20 produtos por mês, e em cinco dias eles mandam o resultado da análise para que a gente saiba qual a situação das frutas, legumes  e verduras daqui”, explica a presidenta da Adagro, Erivânia Camelo.

No caso de encontrar produtos com quantidade de agrotóxico acima do permitido, é feito um rastreamento para o local da produção. “A gente já destruiu plantações, ou fazemos autuação, porque toda em fruta é permitido usar, o que não pode é o exagero desse agrotóxico dentro do limite previsto”, aponta.