Você está aqui

RIPSA - Relatório da Oficina de Trabalho sobre Indicadores de Saúde do Trabalhador

Oficina de Trabalho sobre Indicadores de Saúde do Trabalhador aconteceu nos dias 17 e 18 de agosto de 2006, na sede Representação da OPAS/OMS, em Brasília-DF.

A reunião teve por objetivo estudar e propor indicadores para os agravos á saúde dos trabalhadores que sirvam de medidas-síntese, com informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde dos trabalhadores, bem como do desempenho do sistema de saúde, refletindo a situação de saúde e doença de uma população e servindo para a vigilância das condições de saúde.

A construção da matriz de indicadores baseou-se nos critérios de: relevância para a compreensão da situação de saúde do trabalhador, bem como de suas causas e conseqüências; validade para orientar decisões de política e apoiar o controle social do SUS; identidade com processos de trabalho próprios à gestão do sistema de saúde; e disponibilidade de bases de dados, sistemas de informação ou estudos nacionais.

Ao final desta Oficina verificou-se a necessidade de elaboração de um instrumento de orientação técnica, a ser construído posteriormente, definindo os conceitos e os critérios adotados, de forma a permitir aos usuários fácil entendimento da informação a ser divulgada.

Esse instrumento, denominado de ficha de qualificação do indicador, deverá ser elaborado tomando como modelo o adotado no Canadá. Recomenda-se a adoção de critérios estabelecidos na Terceira Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) da RIPSA (dezembro de 1997), baseando-se em roteiro fornecido pela sua Secretaria Técnica, contendo oito tópicos:

  • Conceituação: característica que definem o indicador e a forma como ele se expressa, se necessário agregando informações para a compreensão de seu conteúdo.
  • Interpretação: explicação sucinta do tipo de informação obtida e seu significado. 
  • Usos: principais formas de utilização dos dados, as quais devem ser consideradas para fins de análise.
  • Limitações: fatores que restringem a interpretação do indicador, referentes tanto ao próprio conceito quanto às fontes utilizadas.
  • Fontes: instituições responsáveis pela produção dos dados adotados para o cálculo do indicador e pelos sistemas de informação a que correspondem.
  • Método de cálculo: fórmula utilizada para calcular o indicador, definindo precisamente os elementos que a compõem.
  • Categorias sugeridas para análise: níveis de desagregação dos dados que podem contribuir para a interpretação da informação e que sejam efetivamente disponíveis como sexos e idade.
  • Dados estatísticos e comentários: tabela resumida e comentada, que ilustra a aplicação do indicador com base na situação real observada. Sempre que possível, os dados devem ser desagregados por grandes regiões e para anos selecionados da década anterior.

O anexo apresenta o relatório completo da oficina assim como a Matriz de Indicadores de Saúde do Trabalhador proposta.

Referência bibliográfica: 

OFICINA DE TRABALHO SOBRE INDICADORES DE SAÚDE DO TRABALHADOR, 17 e 18 de agosto de 2006, Brasília. Rede Interagencial de Infomação para Saúde - RIPSA. Comitê temático interdisciplinar: saúde, seguro e trabalho. Relatório. 9 p. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/ripsa-relatorio-oficina-trabalho-sobre-indicadores-saude-trabalhador. Acesso em: 17 dez. 2018.