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Política de saúde do trabalhador no Brasil: muitas questões sem respostas

Este artigo enfoca a Política Nacional de Saúde do Trabalhador, na perspectiva da expressão do descaso que esta representa frente ao quadro dramático de morbi-mortalidade da classe trabalhadora brasileira. Indica os principais problemas que a política apresenta, destacando questões como a subnotificação das doenças profissionais e dos acidentes de trabalho; a competência das ações, denunciando a fragmentação de responsabilidades a partir da existência de diversas instituições e órgãos com atribuições de intervenção na área; a forma marginal, historicamente estabelecida, como é tratada a Política de Saúde do Trabalhador no contexto da Política Nacional de Saúde; as dificuldades na formação de recursos humanos, entre outras. Aponta para a necessidade de uma política que assegure aos trabalhadores brasileiros a transformação real do grave quadro de mortes e doenças em que encontram-se submetidos, desencadeando processos preventivos de fato, a partir da reestruturação dos processos produtivos e tendo os trabalhadores como condutores desta política. Finalmente, levanta uma série de questões, ainda sem resposta, que possam servir de matéria para investigações, estudos e pesquisas na área.

Referência bibliográfica: 

OLIVEIRA, Maria Helena B. de; VASCONCELLOS, Luiz Carlos F.. Política de saúde do trabalhador no Brasil: muitas questões sem respostas. Cad. Saúde Pública,  Rio de Janeiro ,  v. 8, n. 2, p. 150-156,  June  1992 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1992000200006&lng=en&nrm=iso>. access on  08  Oct.  2019.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1992000200006.