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Saúde do trabalhador: curso é estratégico para o país
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Qualificar profissionais que atuam no SUS para incorporar as relações entre produção, ambiente e saúde às práticas de saúde, de modo a solucionar problemas concretos, considerando o processo produtivo como determinante do processo saúde-doença e da degradação ambiental é o objetivo do curso de especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP – na modalidade a distância desde 2006. Atualmente, com cerca de 800 alunos, o curso está sendo ministrado para 14 municípios do estado de São Paulo. Durante o mês de maio, ocorreu uma oficina de formação continuada que reuniu coordenadores regionais, tutores e orientadores de aprendizagem.
O curso, sob a coordenação de Rita Mattos (ENSP) e Elizabeth Costa Dias (CGSAT), é resultado de uma parceria entre a Escola e a Área Técnica de Saúde do Trabalhador, da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador/Ministério da Saúde (CGSAT/MS). Ele visa à formação de profissionais para apoiar a implementação das ações de Saúde do Trabalhador no SUS, com ênfase na Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador.
Oficina de formação continuada em saúde do trabalhador ocorre em SP
Entre os dias 13 e 17 de maio, a coordenação do curso ministrou a Oficina de formação continuada em saúde do trabalhador com a finalidade de acompanhar melhor o desenvolvimento do curso. O espaço proporcionou aos tutores, coordenadores e orientadores a oportunidade de apresentar dúvidas e questionamentos acerca do andamento da especialização, sempre tendo como foco fortalecer a temática da saúde do trabalhador no SUS.
Segundo Rita Mattos, a oficina “foi uma demanda solicitada pelos coordenadores regionais, e pretendemos que essa tutoria vire uma liderança na área de saúde do trabalhador em suas regiões”. Durante cinco dias, cerca de 65 coordenadores regionais, tutores e orientadores de aprendizagem trabalharam em temas como balanço das atividades desenvolvidas, potencialidades, fragilidades vivenciadas no curso; trabalho com equipe da EAD/ENSP sobre uso da Plataforma de educação a distância; cenários das relações trabalho-saúde-doença no Brasil e desafios para uma atenção integral à saúde do trabalhador; implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora; além de debates sobre os Trabalhos de Conclusão do Curso (TCC).
Ana Luiza Michel Cavalcante, do Cesteh/ENSP, lembra que os TCCs são voltados para as necessidades dos municípios participantes. “Nossa expectativa é que os alunos incorporem o aprendizado de 18 meses de curso em seus cotidianos de trabalho, não ficando apenas na teoria. Queremos capacitar os profissionais do SUS para uma visão mais voltada para a saúde do trabalhador, que eles não têm em sua formação profissional”, afirmou.
O convênio atual com o Estado de São Paulo teve início em 2012, no município de Marília. Ao todo, são 14 municípios envolvidos, totalizando 57 turmas e aproximadamente 800 alunos. O curso tem duração de 18 meses, com um total de 478 horas, sendo 374 na modalidade EAD e 104 de momentos presenciais, com algumas turmas terminando ainda em 2013.
Sobre a questão dessas oficinas, a assessora pedagógica do curso, Maria Angélica Costa, explicou: “Mais do que uma formação continuada, é nosso desejo, para todos os cursos em EAD, ter esse momento presencial com tutores, orientadores e coordenadores a fim de podermos identificar fragilidades e potencialidades. A partir daí, será possível fazer ajustes no conteúdo programático, com foco em cada demanda. Cada turma é diferente da outra. Temos um panorama geral, mas sempre há alguma diferença por conta da região onde o curso é ministrado”, concluiu.
Além de São Paulo, uma turma de 20 alunos começou, também no mês de maio, em Brasília (DF) por meio de uma demanda do Ministério da Saúde. Trinta novas turmas estão para começar este ano, em SP, para 600 alunos.
Curso de Especialização Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana em EAD
Desde 2006, já foram formados mais de 400 alunos e 200 tutores em quase todas as regiões do país. O curso foi ministrado em nove estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí, Amapá, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Roraima. A única região não contemplada foi a Sul, mas o estado do Paraná já está em negociação para receber a especialização.
Foto: Rita Mattos, coordenadora do curso e Maria Angélica Costa, Ana Luiza Michel Cavalcante e Isolda Mendes da Silva
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