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20% dos educadores do Piauí sofrem com problemas de saúde
Abas primárias
25 professores do estado foram aposentados por invalidez, diz Seduc. Sindicato quer criar Secretaria de Saúde do Trabalhador em Educação.
Com a rotina estressante e a exigência da profissão, pelo menos 20% dos trabalhadores em Educação no Piauí desenvolveram problemas de saúde. Somente em 2012, cerca de 1.200 pessoas deram entrada em pedidos de licença.
De acordo com Dorician Aguiar, depois de 24 anos de magistério, já não consegue mais assumir uma sala de aula por causa dos vários problemas de saúde adquiridos durante o exercício da profissão. Atualmente, a professora faz apenas trabalhos burocráticos na escola onde trabalha.
"Não vou me comprometer em assumir uma sala de aula e não conseguir dá conta depois. Isso pode até prejudicar os alunos", declara Dorician.
Segundo especialistas, a rotina estressante das salas de aula e o sedentarismo comum entre os profissionais são os principais responsáveis pelos problemas de saúde. A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) aponta que só este ano, 25 professores do Piauí foram aposentados por invalidez e 1.190 entraram com licenças.
O problema foi discutido em um congresso de trabalhadores em Educação. Devido ao grande número de casos de doença, o sindicato da categoria decidiu modificar o estatuto da entidade para criar uma Secretaria de Saúde do Trabalhador em Educação.
"Podemos observar que os trabalhadores, devido a estafante carga de horário de trabalho, não têm tempo para praticar um exercício físico, até mesmo para fazer um check-up", diz Cássio Lages, diretor do Sindicato dos trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte).
Para a professora Germana Cristina, a novidade na mudança do estatuto do Sinte, vai ajudá-la no tratamento de saúde para sanar problemas nas cordas vocais. "A gente fala muito. Sem contar os problemas de circulação, porque passamos muito tempo em pé", relata.
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