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Resenha: Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente

Este livro de autoria do Instituto Nacional de Câncer (INCA) teve a sua 2ª edição, revista e atualizada, lançada em 2010. Está divido em seis capítulos apresentados em 63 páginas.

Alguns tipos de câncer e sua incidência na população têm relação direta com os fatores de risco aos quais os trabalhadores estão expostos em seu ambiente de trabalho. Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção de casos de câncer atribuída aos fatores de risco ocupacionais está entre 4% e 40%, dependendo do tipo de tumor e da metodologia empregada. Por exemplo: 10% das mortes causadas por câncer de pulmão, o que mais afeta a população trabalhadora, estão diretamente relacionadas com riscos ocupacionais.

Uma das peculiaridades do câncer relacionado ao trabalho e ao ambiente é seu potencial de prevenção, por isso o Ministério da Saúde, por intermédio do INCA, vem desenvolvendo, desde 2004, um fortalecimento das ações nessa área, com projetos que visam à redução, eliminação ou controle de agentes cancerígenos presentes no meio ambiente e nos ambientes de trabalho. Este livro faz parte dessa iniciativa.

Elaborado pela equipe de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente, da Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA, tendo como coordenadora de elaboração Ubirani Barros Otero, este livro apresenta informações sobre os principais agentes cancerígenos encontrados nos ambientes de trabalho no Brasil, tais como: amianto; sílica; solventes aromáticos como o benzeno, o tolueno e o xileno; metais pesados como o níquel e o cromo; radiação ionizante; radiação solar; e alguns agrotóxicos. O efeito cancerígeno desses agentes pode ainda ser potencializado ao se somar a outros fatores de risco aos quais a população está exposta, como a poluição ambiental, dieta rica em gorduras trans, consumo exagerado de álcool, agentes biológicos e tabagismo. O capítulo 1, intitulado Agrotóxicos, discorre sobre as substâncias utilizadas para o combate de pragas (como insetos, larvas, fungos, carrapatos) e para controle do crescimento da vegetação, entre outras funções. No ranking mundial de consumo de agrotóxicos, o Brasil aparece em segundo lugar, consumindo cerca de 5,4 bilhões de dólares nessas substâncias. E, como se pode presumir, a principal via de exposição aos agrotóxicos ocorre através do trabalho, em profissionais da agricultura e pecuária, saúde pública, firmas desinsetizadoras, transporte e comércio dos agrotóxicos e indústrias de formulação dos mesmos. Também correm riscos os familiares dos profissionais que trabalham com agrotóxicos, a população vizinha aos locais onde os mesmos são aplicados e toda a população, que está sujeita a consumir água e alimentos contaminados.

Veja a resenha completa

Revista Brasileira de Cancerologia 2011; 57(1): 85-86

Work-Related and Environmental Cancer Surveillance

Vigilancia del Cáncer en Relación con el Trabajo y el Medio Ambiente

Instituto Nacional de Câncer

2a ed. Rio de Janeiro: INCA, 2010. 63p.

ISBN: 978-85-7318-176-0

Taís Facina

Referência bibliográfica: 

FACINA, Taís. Vigilância do câncer relacionado ao trabalho e ao ambiente. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 57, n. 1, p. 85-86, 2011. Resenha. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/rbc/n_57/v01/pdf/12_resenha_vigilancia_cancer_relacionado_trabalho_ambiente.pdf. Acesso em: 14 dez. 2018.