FARÓIS NO MAR REVOLTO: O CONFLITO COMO ROTA NA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR / PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA, SUA FORMAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DA SAÚDE NO TRABALHO

O Perito Criminal e Coordenador de Recursos Humanos, da Gerência de Suporte Operacional da Polícia Científica – Goiás, farmacêutico César Augustus Adorno Ferreira Lima chancela esta edição com o texto “Faróis no Mar Revolto: O Conflito como Rota na Vigilância em Saúde do Trabalhador”, o título por si só nos remete a questionamentos e desejo impar para saborear a leitura. Não bastando, inicia sua escrita com enfática indagação remetendo o leitor a autoanálise de: qual a imagem ele carrega dentro de si ao pensar em conflitos nas organizações?

Por analogia, ele compara o ambiente organizacional ao mar, citando que os conflitos e as ondas são inerentes a natureza de sistemas dinâmicos e, que a maneira de lidar com os conflitos nas instituições, determinará o rumo do barco, se haverá novos destinos ou se naufragará.

Para gerir conflitos, faz-se necessário que haja um processo sistemático de identificação, análise e intervenção adotada pela organização em situações de divergências interpessoais, intragrupais e interorganizacionais, com o objetivo de minimizar seus efeitos disfuncionais e potencializar seus aspectos funcionais.

Leonardo Gonçalves Hayne, psicólogo, Coordenador de Vigilância e Fiscalização em Saúde do Trabalhador, da Gerência de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador, agregou valoroso conhecimento ao discorrer sobre o tema “Profissionais de Psicologia, sua Formação e a Construção da Saúde no Trabalho”.

Apresentou, em seu texto, uma citação de Dejours (1987) que impulsiona o leitor a adentrar ao conhecimento sobre a influência da organização do trabalho sobre o aparelho psíquico do trabalhador, oportunizando a compreensão e importância da relação entre os processos, ambiente de trabalho e a Saúde do Trabalhador.

Este contexto direciona para intervenção multidisciplinar, em que o profissional de psicologia assume um papel preponderante pelo seu conhecimento sobre o comportamento humano, que vai além do atendimento clínico individual, demandando a capacidade de analisar e intervir nos processos e na organização do trabalho que geram sofrimento.