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Saúde avalia risco de contaminação de trabalhadores em indústrias de baterias
Abas primárias
A Secretaria da Saúde fez nesta terça e quarta-feira (13 e 14), em Curitiba, aulas presenciais do treinamento de vigilância em saúde do trabalhador para profissionais que atuarão na fiscalização de indústrias de baterias no Paraná. O curso dá andamento ao processo de descentralização da fiscalização, que hoje é realizada pela equipe do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, a descentralização intensificará o trabalho de fiscalização nas regiões onde há indústrias desse ramo. “Com a capacitação, técnicos das regionais de saúde e municípios poderão visitar com mais frequência esse tipo de empresa e verificar se as condições estruturais e de segurança estão de acordo com as normas vigentes”.
Estrutura inadequada, falta de equipamentos de proteção individual, falhas no sistema de exaustão e ventilação, maquinário sem manutenção e desinformação de trabalhadores e empregadores são alguns dos fatores que favorecem a ocorrência de acidentes e contaminações nesse tipo de fábrica.
Um dos principais riscos ao trabalhador é a intoxicação por chumbo, substância tóxica que, em contato com o organismo, pode causar desde dor abdominal até insuficiência renal.
De acordo com o médico do trabalho, Zuher Handar, é obrigação da empresa oferecer, a cada seis meses, o exame que avalia a quantidade de chumbo no sangue. “Caso o nível de chumbo esteja elevado, o trabalhador deve ser afastado imediatamente do ambiente de trabalho”, disse. Se a empresa apresentou irregularidades anteriores, o intervalo de tempo do exame pode ser reduzido.
O tratamento varia de acordo com o grau e tempo de exposição que o trabalhador teve ao chumbo.“Nos casos mais simples o tratamento consiste na ingestão abundante de água, pois o chumbo pode ser expelido pela urina”, disse Handar.
Antes do treinamento, os profissionais tiveram que visitar uma fábrica de baterias chumbo-ácido ou reciclagem para conhecer a produção. Além disso, foi proposto a elaboração de um relatório preliminar com possíveis irregularidades identificadas durante a visita.
Em Curitiba, a programação contou com palestras sobre os procedimentos que devem ser adotados durante a fiscalização e foram ministradas pelo professor Gilmar Trivelato, consultor da Fundacentro-MG.
As atividades continuarão nos próximos dois meses, prazo final para os profissionais apresentarem um relatório detalhado da situação das empresas e um plano de intervenção para a redução dos riscos.
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