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Vigilância Sanitária através da Gerência de Saúde do Trabalhador faz campanha para orientar trabalhadores dos Postos de Combustíveis

Foto de Olga de Oliveira Rios

A Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVS) da Secretaria de Estado da Saúde dá início na próxima segunda-feira (23), à campanha "Complete o tanque só até o automático", dirigida aos trabalhadores dos postos de gasolina que atuam direto com o abastecimento de veículos. O objetivo é orientar estes profissionais e também consumidores sobre os riscos à saúde provocados pelos vapores do combustível exalados quando o automóvel é abastecido acima do nível estabelecido pelos fabricantes.

Quando o abastecimento ultrapassa o nível detectado por um dispositivo automático instalado no bico da mangueira e o frentista aciona o modo manual, colocando mais combustível que o recomendado, ele entra em contato com vapores da gasolina como o benzeno, que é cancerígeno.

Além dos riscos à saúde dos frentistas, são provocados danos ao meio ambiente e à manutenção do veículo. Para alertar a população sobre a importância do abastecimento correto é que a DIVS/GESAT idealizou a campanha, que vai até o dia 27, e será realizada nos municípios de Joinville, Chapecó, Florianópolis, Criciúma e Lages, com o apoio dos Centros de Referência Regionais de Saúde do Trabalhador de cada uma dessas cidades e Sindicatos.

Nos postos participantes, alguns frentistas utilizarão jalecos e/ou camisetas identificados com a logomarca da campanha, e também entregarão material explicativo sobre o assunto. "Ao abastecer até a boca, o frentista precisa burlar o sistema automático do bico da mangueira, tendo que completar manualmente a operação, o que exige que ele fique muito próximo à saída do tanque onde há concentrações elevadas de vapores", explica Antônio de Sá Pereira, gerente de Saúde do Trabalhador. "Abastecendo até o automático, você está contribuindo para diminuir a exposição do trabalhador frentista aos vapores cancerígenos como o benzeno", completa Antônio.

Entenda como funciona

O ato de completar o tanque através do controle manual pode comprometer a manutenção do veículo. Os veículos movidos à gasolina e álcool possuem um dispositivo para controlar as emissões evaporativas de combustível. Este dispositivo é um filtro de carvão ativado que fica localizado próximo ao motor e que recebe os vapores de combustível do tanque por uma tubulação criada especialmente para esse fim.

O filtro fica no interior de uma espécie de invólucro circular que se assemelha a uma lata e por isso recebeu o nome de cânister. O filtro de carvão ativado recebe os vapores de gasolina (o álcool praticamente não evapora), os absorve e, quando o motor funciona, são logo aspirados pelo coletor de admissão. Como o filtro só pode receber vapor, é preciso garantir que não chegue combustível líquido até ele.

 

A maneira encontrada pelos fabricantes de automóveis para conseguir isso foi estabelecer um determinado volume de ar entre o líquido no tanque e a sua parte superior, justamente de onde sai a tubulação para o cânister. Esse volume de ar acima do líquido é conseguido mediante a interrupção do abastecimento ao primeiro desarme do bico da bomba. Caso contrário, certamente haverá passagem de gasolina para o cânister, encharcando-o e inutilizando-o, além de enriquecer fortemente a mistura ar-combustível. Isso confundirá o sistema de gerenciamento eletrônico do motor, que, por sua vez, adotará medidas corretivas que não correspondem à realidade, prejudicando o bom funcionamento do motor.

Clique aqui para acessar as atividades da Campanha http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/phocadownload/Noticias/2013/programao%20campanha%20gesat.pdf

http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/

Responsável no Estado: Antônio de Sá Pereira (48 – 91248548)

 

Regina Dal Castel Pinheiro
Coordenadora CEREST/SC
Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária
Avenida Rio Branco, 152, Centro.
Florianopolis- Santa Catarina.
Fone: (48)3251-7988