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Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador - UFBA

Antecedentes

O Instituto de Saúde Coletiva é uma unidade da Universidade Federal da Bahia que se organiza em uma estrutura matricial composta por programas integrados. Um deles é o Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador, PISAT, criado em 1995, com o propósito de contribuir para a melhoria das condições de trabalho, saúde e segurança dos trabalhadores no Brasil, produzindo conhecimento sobre problemas e situações de interesse para as políticas e ações nesta temática, formando pessoal qualificado e prestando assessoria a instituições, sindicatos e movimentos sociais voltados para essa questão. Este Programa vem desenvolvendo vários projetos de pesquisa epidemiológica e etnográfica, cooperação técnica com outras universidades, o SUS/CESAT-Bahia e o SESI, CGST, assessoria ao Sindomest, e também a oferta de cursos de extensão, especialização, presenciais e a distância, a organização de eventos para discussão e compartilhamento de resultados de pesquisa, dentre outros. A sua missão volta-se para as relações entre desigualdades sociais, a pobreza e as condições de trabalho e saúde, focalizando alguns grupos mais vulneráveis ou cujo trabalho não é plenamente visível ou contemplado pela pesquisa como as empregadas domésticas, crianças e adolescentes, empregados da construção civil, trabalhadores rurais, trabalhadores expostos ao amianto, mulheres e grupos discriminados racialmente.

Antecedentes de colaboração entre a CGST e o PISAT

Desde sua criação o PISAT vem mantendo trabalhos de cooperação com o Ministério da Saúde, em especial da Coordenação Geral de Saúde Ambiental e do Trabalhador (CGST), tendo realizado projetos bem sucedidos como o projeto “Estimativa do Impacto e Custos Diretos e Indiretos com Acidentes de Trabalho no Brasil”, o Projeto Acidentes, estudo longitudinal de base comunitária na cidade de Salvador, que acompanha desde 2000, a cada dois anos, 2512 famílias (9.551 pessoas), gerando uma contribuição pioneira na epidemiologia da saúde do trabalhador, ao estimar a incidência de acidentes de trabalho não fatais entre trabalhadores informais e formais, abrangendo empregados domésticos, trabalhadores da construção civil, crianças e adolescentes trabalhadores, bem como o impacto do primeiro emprego e a ocupação na saúde de adolescentes e adultos jovens, dentre outro temas. A intensa colaboração já resultou em uma profícua produção científica de membros do PISAT em temas relevantes para a saúde do trabalhador.

Além dessas colaborações em pesquisas, membros do PISAT participaram intensamente da organização, preparação, elaboração de textos e relatórios relacionados à 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, inclusive nas fases estadual (Bahia) e municipal (Salvador).

Considerando a experiência do ISC/UFBA em cooperação técnica com o Ministério da Saúde, especialmente na área da Epidemiologia e Análise da Situação da Saúde, a longa experiência do PISAT com epidemiologia em saúde do trabalhador, em especial na avaliação de programas de saúde, PISAT, durante o período de 2008 a 2013, tornou-se um Centro Colaborador em Saúde do Trabalhador - ISC-UFBA/PISAT para contribuir com o trabalho da CGST. Enquanto Centro Colaborador, o PISAT contribuiu intensamente para divulgação de dados e informação em Saúde do Trabalhador. Foram publicados sete boletins epidemiológicos com temas de relevância para a saúde do trabalhador em todo País, disponibilização de bases de dados nacionais, do SINAN-ST e do SIM, de interesse para a área, além de artigos científicos.

Uma outra colaboração relevante entre a CGST e o PISAT vem sendo a formação de pessoas, com a oferta de cinco edições do Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador, CEST, executado em parceria com o Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador, CESAT, da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Este curso contabiliza mais de 90 alunos titulados, em sua maioria envolvidos em atividades relacionadas à saúde do trabalhador em diversas instituições do estado da Bahia, como prefeituras, o SESI, etc. Em 2010 iniciou-se o Curso de Ferramentas em Saúde do Trabalhador, com duração de uma semana e com uma metodologia baseada em aulas práticas e visando a produção de informação em Saúde do Trabalhador em todo território nacional, este curso foi oferecido para profissionais da Renast e Secretarias de Saúde dos estados de todo o País, e contemplou 12 edições. Em 2012 houve a oferta do I Curso de Especialização à Distância em Epidemiologia em Saúde do Trabalhador, foram ofertadas 200 vagas em todo País para profissionais dos Cerests.

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Bibliografia sugerida

PERDA Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional (PAIR). Boletim da vigilândia dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, Informe do Centro Colaborador PISAT/ISC/UFBA - MS/DSAST/CGSAT, ano 3, n. 7, nov. 2013. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/boletim-agravos-saude-relacionados-trabalho-pair. Acesso em: 26 nov. 2018.
ACIDENTES de trabalho devido à intoxicação por agrotóxicos entre trabalhadores da agropecuária 2000-2011. [Boletim Epidemiológico], Universidade Federal da Bahia; Centro de Vigilância dos Acidentes de Trabalho, ano 2, n. 4, mar. 2012. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/boletim-epidemiologico-acidentes-trabalho-devido-intoxicacao-agrotoxicos-entre. Acesso em: 17 dez. 2018.
ACIDENTES de trabalho com serpentes no Brasil, 2007-2015. Boletim epidemiológico, Bahia, n.9, ano IV, out. 2014.
ACIDENTES de trabalho fatais no Brasil 2000-2010. Boletim epidemiológico, n. 8, ano VI, jun. 2016. 
ACIDENTES de trabalho fatais em crianças e jovens de 10 a 24 anos no Brasil, 2000-2014. Boletim epidemiológico, Bahia, ano VII, fev. 2017.
AGRAVOS à saúde em grupos de trabalhadores da indústria de carnes no Brasil, 2006-2013. Boletim epidemiológico, n. 8, ano VI, jun. 2016. 
AGRAVOS à saúde em grupos de trabalhadores da indústria de carnes no Brasil, 2006-2013. Boletim epidemiológico, n. 8, ano VI, jun. 2016. 
MORTALIDADE e morbidade dos agravos à saúde relacionados ao amianto no Brasil, 2000 a 2011. Boletim epidemiológico: informe do Centro Colaborador UFBA/ISC/PISAT - MS/DSAST/CGSAT, ano 2, n. 5, ago. 2012. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/boletim-epidemiologico-morbi-mortalidade-agravos-saude-relacionados-amianto-brasil-2000. Acesso em: 14 dez. 2018.
MORBIMORTALIDADE por acidentes de trabalho entre trabalhadores da mineração - Brasil, 2007-2015. Boletim epidemiológico, Bahia, n. 11, ano VII, maio. 2017.
MORBIMORTALIDADE por acidentes de trabalho em motoristas do transporte de carga, 2006-2012. Boletim Epidemiológico Acidentes de Trabalho em Motoristas do Transposte de Carga: informe do Centro Colaborador UFBA/ISC/PISAT - MS/DSAST/CGSAT, ano 3, n. 6, maio 2013. 4 p. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/vi-boletim-epidemiologico-saude-trabalhador-acidentes-trabalho-motoristas-transporte-carga. Acesso em: 29 nov. 2018.